sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

A luz do Tom Reúne mulheres da vida  de Tom Jobim

Irmã e duas ex-mulheres relembram finado compositor em documentário.
Direção é do grande mestre  Nelson Pereira do Santos, que fez 'A música segundo Tom'.

O documentário "A luz do Tom", de Nelson Pereira dos Santos, é um complemento ao "A música segundo Tom Jobim", codirigido por Nelson e Dora Jobim. No filme lançado no ano passado, o foco era a música do compositor e maestro brasileiro, morto em 1994. Gravações famosas e raridades compunham um panorama da carreira de Jobim, que começou nos anos 1950.
Como o próprio Nelson anunciou no lançamento do longa anterior, este segundo documentário segue um estilo mais convencional, com entrevistas. Juntos, os filmes formam um díptico, estabelecendo um diálogo entre a vida e a obra do músico. Baseado na biografia "Antonio Carlos Jobim - O homem iluminado", da irmã dele, Helena Jobim, o longa se propõe a fazer um retrato intimista do músico por meio do depoimento das três principais mulheres de sua vida.
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Ana Lontra Jobim, que gravou seu depoimento para o documentário no Jardim Boitânico, na Zona Sul do Rio (Foto: Ivelise Ferreira/Divulgação)Ana Lontra Jobim, segunda mulher do compositor, que gravou seu depoimento para o documentário no Jardim Boitânico, na Zona Sul do Rio (Foto: Ivelise Ferreira/Divulgação)
A primeira entrevista é da própria Helena, que relembra a infância e juventude, na Lagoa e Ipanema, quando o casal de irmãos dividia um piano. Usando um chapéu de Tom enquanto dá seu depoimento em praias de Santa Catarina, ela conta curiosidades, como o fato de seu irmão ter nascido com a ajuda da mesma parteira de Noel Rosa. É ela quem revela a dedicação de Tom, que chegou a estudar arquitetura, mas abandonou por sua paixão musical.
Já Thereza Hermanny, que foi casada com Tom de 1949 a 1985, recorda os primeiros anos da carreira do músico, suas horas de dedicação ao trabalho, a parceria com Vinicius de Moraes e quando os Estados Unidos o descobriram. Ela confessa que achou que ele ficaria lá por algumas semanas, mas a permanência acabou prolongando-se por muitos meses, o que a obrigou a mudar-se temporariamente para lá, para ficar ao lado do marido, que se tornara um músico famoso.
Com Ana Lontra Jobim, sua segunda mulher, Tom também estabeleceu uma parceria profissional. Ela é fotógrafa e juntos fizeram alguns livros, nos quais ele assinava o texto e ela as imagens. Além de contar episódios do namoro dos dois, é Ana quem fala do Tom na maturidade, em profundo contato com a natureza -- tema, aliás, do trabalho dela.
Tom Jobim e Frank Sinatra, em foto de arquivo da revista Manchete (Foto: Divulgação)Tom Jobim e Frank Sinatra, em foto de arquivo da revista Manchete (Foto: Divulgação)
O depoimento de Thereza foi gravado na Região Serrana do Rio, enquanto o de Ana, no Jardim Botânico carioca -- ao qual Tom se referia como "o jardim de sua casa". Dessa forma, a natureza está sempre presente ao longo do documentário. Os sons de aves, do vento, do mar servem de fundo para os depoimentos, enquanto as imagens casam com perfeição com trechos de músicas do compositor.
Cineasta veterano, conhecido por longas como "Rio 40 graus" (1955), "Vidas secas" (1963) e "Memórias do cárcere" (1984), Nelson assinou dois documentários sobre Sérgio Buarque de Holanda (ambos de 2003) e, agora, vê em Tom Jobim uma fonte para estes dois longas, cujos roteiros foram assinados pelo diretor e Miúcha Buarque de Holanda, filha de Sérgio, irmã de Chico, e que também foi amiga de Tom Jobim.
(Por Alysson Oliveira, do Cineweb)





http://www.youtube.com/watch?v=s5SQVxWfvps

Mostrando pela primeira vez material filmado por Roberto Berliner na década de oitenta, a "Farra do Circo" é um filme sobre a geração que formou o Circo Voador, a usina de sonhos. Do calçadão do Arpoador em 82 até sua viagem para a copa do México em 86 passando por uma noite inesquecível na Lapa, o filme mostra a geração que revolucionou a cena cultural brasileira.
Informações Técnicas
2013 | 01:34:00
Créditos
Direção Roberto Berliner, Pedro Bronz
produção executiva Rodrigo Letier
montagem Pedro Bronz, edt
coordenação de produção Lorena Bondarovsky e Leo Ribeiro
pós-produção Anna Julia Werneck
imagens Roberto Berliner
pesquisa Patricia Pamplona
finalização de imagem Hebert Marmo
edição de som e mixagem Denilson Campos

co-produção Canal Brasil
patrocínio SEC/RJ e Riofilme
apoio Pavê 

A Batalha do Passinho

A Batalha do PassinhoSe o rap foi além apenas da música e fez criar uma cultura do hip hop, com dança, grafite, entre outras formas de expressão, assistindo ao documentário A Batalha do Passinho, de Emílio Domingos, tem-se a impressão de que o funk carioca vai no mesmo caminho. Sem recursos, usando quase que somente a criatividade, jovens de comunidades carentes do Rio de Janeiro criam uma nova forma de dança, o passinho, que a princípio pode parecer apenas uma moda de movimentos incongruentes, mas vai muito mais longe.
A Batalha do Passinho mostra como base de sua estrutura as etapas de um campeonato para decidir o melhor do estilo, mas o principal do filme são os depoimentos dos personagens envolvidos com o movimento, sejam os organizadores deste campeonato, aqueles que divulgam de alguma forma o passinho ou os próprios dançarinos, que mostram a importância da criatividade de cada um e como eles souberam usar a internet para desenvolver esta nova dança.
No desenvolver da trama, é interessante acompanhar as diferenças que esta nova forma de dança traz em relação à maioria. Primeiro pela questão da internet, que se torna ferramenta imprescindível para qualquer um que deseja entrar no mundo do passinho. Mas, ainda a personalidade dos retratados, que foge do tradicional. Se no hip hop, por exemplo, o jovem dançarino tenta exaltar sua masculinidade para atrair a atenção, no passinho se faz o contrário. Muitos dos dançarinos exploram seu lado feminino, com claras referências ao universo GLBT, com o mesmo objetivo: conquistar as mulheres.
Para um leigo, grande parte do documentário de Emílio a princípio parece sem sentido, já que dá a entender ser apenas um grupo de garotos com movimentos que simulam uma forma estranha de dança. O diretor, no entanto, vai apresentando aos poucos a riqueza do movimento, a importância dele para os participantes – em certo momento chegam a dizer que quem tem poder em uma favela ou é traficante ou dançarino – e constrói o filme de tal forma que apresenta um final carregado de emoção.
Assim como A Alma da Gente, de Helena Solberg e David Meyer, A Batalha do Passinho mostra jovens de comunidades carentes do Rio de Janeiro que fogem da realidade da violência através da dança. E, da mesma forma trágica, a realidade bate na porta destes jovens mostrando que esta fuga não é assim tão simples. Na construção do filme, no entanto, Emílio é mais bem-sucedido em levar para a tela a forma como a violência afetou seus personagens.

Fonte. Br Cine

domingo, 12 de janeiro de 2014

De Repente Pai chega ao Brasil

Na comédia, personagem de Vince Vaughn descobre que é pai de 533 criançasNo final de semana repleto de estreias, a comédia "De Repente Pai" chega às telonas do Brasil nesta sexta, dia 10 de janeiro. No longa, protagonizado por Vince Vaughn, um homem de meia idade descobre ter sido pai de 533 crianças, através da doação de esperma.

Vince Vaughn é reconhecido por personagens descolados, com falas ágeis, poucos sentimentos,
 muita ironia e algum ar de galã. O descompromisso é a marca registrada dos papéis do ator, que agora tenta mudar essa imagem com a responsável comédia De Repente PaiSaem as mulheres, a bebida e palavrões e entram filhos, família e conselhos.o filme se trata de um homem que trabalha num açougue tem problemas financeiros e ainda deve $80.000, para tentar pagar a divida decide plantar maconha. david é um cara muito irresponsável, mais isso muda quando descobre que é pai de 533 filhos por doar varias vezes esperma, e para piorar sua namorada esta gravida... é um filme engraçado porem muito bonito, fala sobre o amadurecimento dos homens quando viram pais, pois quando ele descobre que é pai faz de tudo para melhorar, ser um bom exemplo para os filhos, minha parte preferida foi quando ele conhece um por um e começa a ama-los, o filme foca tambem no drama dos adolescentes na busca de um pai, david vê que fez a diferença na vida dos personagens coadjuvantes brett e o pai de david são ótimos, mais o filme é otimo! começar esquecendo que "De Repente Pai" é um remake e então veremos a própria essência desse filme. Aos fãs de Vince Vaughn, não irão ver mais um adulto fanfarrão, alias, não depois dos dez primeiros minutos. Gosto de imaginar que os personagens antigos eram o passado de David (Personagem de Vince) , mostrando agora o crescimento do ator com os seus personagens em um só, o que se torna mais fácil de comprar o filme; rapidamente vemos tal crescimento ao saber dos seus 533 filhos (talvez seja esse um dos poucos defeitos do filme, o personagem evoluir rapidamente). Apesar dos seus defeitos, "De Repente Pai" nos faz chorar, ao mesmo tempo, por rir demais ou por ser emocionante. Na questão do riso, Vince tem a bela ajuda de Chris Pratt (Parks and Recreation), principalmente nas cenas do tribunal e do veredito. A parte emocionante do filme já é maior, o que o leva de comedia para uma "dramédia", ver David se importando com seus "novos" filhos, sendo uma especie de anjo da guarda para eles se torna algo único e lindo, ele passa pela vida de vários deles, ajudando-os com gestos simples ou de grande importância para as suas vidas,Spoiler : mas um em especial, que não preciso citar, no momento em que veem, saberão de imediato a quem estou me referindo, a primeira cena com o tal chega a ser impossível não ficar com "o coração na mão". Notável o jeito que o personagem vem se importando cada vez mais com seus filhos, no ultimo do período "anjo da guada" é que o filme entra em uma especie de "parte 2", que ele cai na realidade de que 533 filhos não é pouca coisa, a partir disso, a historia claro, começa a se desenvolver mais rápido, os risos se tornam mais frequentes ou até as lagrimas. Uma ameaça a vida de David se torna a bola da vez do filme e fica revezando com os 533 filhos a atenção dos espectadores, a partir daí a historia vem a tona com mais clareza, chegamos no fim com o famoso "felizes para sempre" das comedias, mas com o diferencial, que esse agrada. Outros aspectos notáveis do filme e a trilha sonora que passa pelo rock do The Strokes, o cenário total do filme, a bela Nova Iorque também impressiona ao ser mostrada em outro ângulo, sem as festas ricas ou a famosa de "pobreza" do Brooklyn e por incrível que pareça os coadjuvantes do filme não fazem feio e são reconhecíveis para muitos cinéfilos e "sériemaniacos". Ao todo "De Repente Pai" é um filme para qualquer um que gosta de se divertir  e que sabe extrair as mensagens do texto e do video com o coração e einteligencia;EUA , 2013 - 105 min 

Comédia DreamWorks
Direção:
Ken Scott
Elenco:
Vince Vaughn, Chris Pratt e Cobie Smulders.